Foto: Luis Macedo
Com a licença de 120 dias vencida na Câmara Federal, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos trabalhando, supostamente, por sanções ao Brasil e em defesa de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), procura alternativas para permanecer nos EUA e como deputado.
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Por isso, Eduardo e aliados tentam encontrar guarida em governos estaduais bolsonaristas com sua nomeação como secretário para, ao mesmo tempo, continuar nos Estados Unidos e não perder o mandato. No Rio de Janeiro, Estado da família Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) chegou a cogitar nomeá-lo em uma secretaria, mas, aconselhado por assessores e,diante da repercussão negativa, recuou. Isso porque o custo político de pagar salário para um secretário trabalhar nos EUA contra os interesses do país seria muito alto, além de comprar uma briga com o STF.
A tentativa, agora, é o governo de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina, que é muito fiel ao ex-presidente, contudo não se sabe se também estará disposto a arcar com o desgaste. Aliás, a Federação das Indústrias no Estado, recentemente, divulgou nota repudiando a possibilidade de o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) concorrer ao Senado por SC. Parece que o clima no Estado de belas praias não está tranquilo e favorável para Jorginho nomear o filho 03 de Bolsonaro para uma secretaria.
Não há dúvida que Eduardo Bolsonaro tem força junto ao governo Donald Trump com a suposta articulação das sanções impostas ao Brasil com o tarifaço, agora o custo político para ele e, principalmente, para seu pai é alto. O filho já bateu boca publicamente com aliados – e comprou briga e ameaçou os poderosos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil) –, além de criticar ex-ministros de Bolsonaro, como a senadora Tereza Cristina, por tentarem uma negociação em relação às tarifas.
Por último, ele criticou, neste domingo (27), no X (antigo Twitter) os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), por defenderem a negociação sobre o tarifaço.
Alguns aliados estão se afastando do deputado para não respingar o desgaste da crise em empresas e a consequente demissão de trabalhadores, que começam bater à porta. Essa conta não vai ser cobrada só do governo Lula, que vai de mal a pior, mas também da família Bolsonaro e aliados – inclusive, as pesquisas já apontam esse desgaste.